
Heidegger já nos ensinou que uma
consciência permanente, sem intervalos, do ser-aí-ser-para-a-morte, seria
pura perplexidade e paralisia. Assim é que, no mais do tempo, estamos alienados
no cotidiano. Só assim podemos estar na vida, ou seja, alienados no mais das
vezes. É o que se experimenta com a infernal clareza da angústia e do absurdo existencial que o
FAUSTO de Sokurov nos apresenta. É um filme monumental. É difícil, é feio, é cruel. E hipnótico. Faz jus
ao Fausto, a Goethe e ao prêmio de Veneza/2011. E definitivamente não é para
passar um tempo. Dói.

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