
“Assim se cavalga pela noite
adentro, por uma noite qualquer. Fica-se outra vez calado, mas tem-se consigo
as palavras luminosas. Então, o marquês tira o elmo. Seus escuros cabelos são
macios e , como abaixa a cabeça, desmancham-se-lhe feminilmente pela nuca. Também
o de Languenau agora distingue: longe,
alguma coisa se eleva na claridade, alguma coisa esbelta, sombria. Uma solitária
coluna, semi-arruinada. E mais tarde, quando já vão longe, ocorre-lhe que aquilo
era uma Madona.”
In A canção de amor e de morte do
Porta-Estandarte Cristóvão Rilke, tradução de Cecília Meireles, Editora Globo,
RJ, 2015.

Nenhum comentário:
Postar um comentário